terça-feira, 5 de junho de 2012

Nostradamus


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Michel de Nostredame
 ou Miquèl de Nostradama,[1] mais conhecido sob o nome deNostradamus (Saint-Rémy-de-Provence, 14 de dezembro de 1503 ou 21 de dezembro de1503[2]  Salon-de-Provence, 2 de julho de 1556), foi um apotecário e médico daRenascença que praticava a alquimia (como muitos dos médicos do século XVI). Ficou famoso por sua suposta capacidade de vidência. Sua obra mais famosa, As Profecias, é composta de versos agrupados em quatro linhas (quatrains), organizados em blocos de cem (centuries); algumas pessoas acreditam que estes versos contém previsões codificadas do futuro[3].

Michel de Nostredame
Conhecido(a) porProfecias
Nascimento14 de dezembro ou 21 de dezembro de 1503
Saint-Rémy-de-Provence,França
Morte2 de julho de 1556 (52 anos)
Salon-de-Provence, França
NacionalidadeFrança Francês
OcupaçãoApotecárioautortradutor,consultor astrológico
Sofria de epilepsia psíquica, de gota e de insuficiência cardíaca. Morreu em 2 de julho de1566 em Salon-de-Provence, vítima de um edema cárdio-pulmonar.

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Infância e origens
Biografia

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Lugar de nascimento de Nostradamus.
Michel de Nostredame nasceu no dia 14 de dezembro de 1503 (ou 21 de dezembro de1503)[2] em Saint-Rémy-de-Provence, no sul da França. Seus pais eram Jaumet (ou Jacques) de Nostredame e Reynière (ou Renée) de Saint-Rémy. Filho mais velho do casal (eram 8 filhos), seu Nostredame vem de seu avô (judeu), que escolheu o nome de Pierre de Nostredame quando se converteu ao catolicismo, provavelmente em 1455 [4]. Reyniére era filha de René de Saint-Rémy (filho de Jean V de Saint-Rémy e Silete) e Béatrix Tourrel (filha de Jacques Tourrel). Já Jaumet era filho de Pierre de Nostredame, nascido Pierre de Vélorgues (filho de Amauton de Vélorgues) e Blanche de Sante-Marie (filha de Pierre de Sante-Marie e da senhora de Labia).

[editar]Época de estudante

Quando tinha 15 anos, Nostredame entrou na Universidade de Avignon para cursar o bacharelado. Depois de pouco mais de um ano, quando ele estava estudando o Trivium(gramáticaretórica e lógica), teve que sair de lá por causa de uma epidemia de peste negra. Depois de deixar Avignon ele viajou pelo país por oito anos, de 1521 a 1529, em busca de ervas medicinais. Em 1529, após alguns anos como apotecário (farmacêutico), ele entrou naUniversidade de Montpellier para cursar doutorado em medicina. Em 1530, ele foi expulso da universidade porque eles descobriram que ele era apotecário (e isso era proibido segundo os estatutos da universidade).[5] O documento de expulsão (BIU Montpellier, Register S 2 folio 87) ainda se encontra na biblioteca da universidade.[6] Depois da expulsão, Nostredame voltou a ser apotecário e se tornou famoso por criar uma "pílula rosa" que supostamente protegia as pessoas daquela praga por conter altas doses de vitamina C.[7]

[editar]Química

Nostradamus foi o primeiro a descrever o ácido benzoico, obtido por sublimação da goma de benjoim, obtida do benjoeiro [8].

[editar]Casamentos


A casa de Nostradamus em Salon-de-Provence.
Em 1531, Nostredame foi convidado por Julius Caesar Scaliger, um líder polímata, para ir aAgen.[9] Lá ele casou-se com uma mulher de nome ainda incerto (provavelmente Henriette d'Encausse), e teve dois filhos com ela.[10] Em 1537, sua esposa e os dois filhos morreram supostamente por causa da peste negra. Então viajou pela França e provavelmente pela Itália.[9]
Em 1545, ele ajudou o físico Louis Serre para combater um surto da praga em Marselha e depois em Salon-de-Provence e Aix-en-Provence. Depois, em 1547, casou-se com uma viúva chamada Anne Ponsarde Gemelle e teve seis filhos com ela (três filhos e três filhas).[9]

[editar]Carreira como vidente

Com seus conhecimentos sobre o ocultismo e com a sua habilidade de prever o futuro, começou a escrever uma série de almanaques anuais, sendo o primeiro lançado em 1550, e passou a utilizar o seu nome em latim, de Nostredame para Nostradamus. Quando ele lançou o livro Les Propheties (As Profecias), muitas pessoas passaram a pensar que ele era o demônio e o chamavam de herege. Mas outras classes sociais aprovaram a publicação, porque suas centúrias inspiravam profecias espirituais. Então o livro chamou a atenção deCatarina de Médicis, esposa de Henrique II de França, que era uma grande admiradora de Nostradamus, e depois ela o chamou para Paris para perguntar a ele qual seria o futuro de seus filhos através do horóscopo.

[editar]Últimos anos e morte


Tumba de Nostradamus no Collégiale St-Laurent, Salon.
Em 1566, a gota se transformou em edema. Em 1 de Julho, um dia antes de morrer, Nostradamus supostamente previu a sua própria morte, dizendo ao seu secretário Jean de Chavigny: "Você não me achará vivo ao amanhecer". No dia seguinte, ele foi encontrado morto próximo de sua cama e de um banquinho (Presságio 141 [originalmente 152] em Novembro de 1567, que foi postumamente editado por Chavigny para adaptação).[6][11] Ele foi enterrado em uma capela local Franciscana (parte da capela foi depois incorporada ao agora restaurante La Brocherie) e depois foi novamente enterrado no Collégiale St-Laurent durante a Revolução Francesa, onde está enterrado até os dias de hoje.[9]

[editar]Carreira e vida pessoal

As profecias de Nostradamus encontram-se ligadas à história do catolicismo, e, em prefácios, ele aponta esta preocupação claramente. Foi considerado como homem erudito, além de seu tempo e aliava-se ao fato de conhecer o latim e o grego , que lhe possibilitavam obter conhecimentos de fontes importantes. Sua grande erudição, conhecimentos de astrologia e astronomia, aliados à intuição, permitiam-lhe um raciocínio bastante acurado a respeito do futuro. De qualquer forma, gerou um impacto em milhões de pessoas, que vêm se pondo em contato com seus escritos nesses quase quinhentos anos.
Teve contatos com três reis da França Rei Henrique II , Rei Francisco II e Rei Carlos IX, graças à rainha Catarina de Médicis, esposa do primeiro e mãe dos seguintes.
Há indícios de que tenha estudado Medicina, mas provas apontam na direção que não tenha se formado, por ter sido expulso da escola de Montpellier, mas de qualquer maneira dedicou muito do seu tempo ao estudo da AstrologiaAlquimiaLiteratura e talvezTeologia. Há rumores que, muito jovem, depois de aprender latim, grego e hebraico, viajou por diversas cidades da França, permanecendo durante anos em BordeauxAgen e Avignon , onde dizem que combateu epidemias de peste em condições pouco conhecidas. No entanto, sua ligação com a endemia pode ser inferida por um livro sobre a doença que escreveu mais tarde, mas essa mesma peste, dizem, condenou-o a ficar sem família. Na sua trajetória consta uma viagem para Itália.
Em seus versos, podem-se ver citações de autores como PlutarcoPlatão e Jamblico, dentre os filósofos gregos. Muitas destas informações foram coletadas pelo grupo "Nostradamus Research Group" abreviadamente NRG que, tendo a maioria de seus membros na Europa, pode pesquisar "in loco". Esse grupo pode aclarar muitas lendas e folclores que cercam a personalidade de Nostradamus. Além de serem várias pessoas, acaba por existir uma certa diretriz para citar apenas o que for verdadeiro, deixando bem claro onde são suposições e ditos sem maiores provas.
Casou numa pequena cidade, com uma viúva de nome Anna Gemella, de quem teve seis filhos. Passou a residir permanentemente em Salon de Provence. Foi nessa altura que começou a escrever suas "Centúrias" e quando já tinha boa fama por publicar anualmente almanaques, o que fez por mais de dez anos. Estes, por sua vez , tinham muito de astrologia e as previsões para os próximos tempos escritas, em geral, de forma corrente. Havia sempre alguns versos que, muito mais tarde, selecionaram dos almanaques e imprimiram como livro avulso. Não foi Nostradamus que fez isso, mas certamente pessoas interessadas em fazer dinheiro. Escreveu também um livro de receitas, principalmente de cosméticos. São atribuídas a ele algumas traduções. Também dentro das pesquisas do grupo NRG encontram-se a grande influência do livro de profecias Mirabilis Liber que tinha grande curso na Europa medieval e de seu amigoFrançois Rabelais que se tornou um famoso escritor.
Num curto espaço de tempo, suas profecias tornaram-se conhecidas, com supostos acertos que encontravam relação com certos acontecimentos. Na verdade, encaixavam-se nos escritos, talvez por estes serem por demais sinóticos e obscuros, além do fato de se poder manobrar com um francês escrito em 1555.
Rei Henrique II convidou-o a fazer uma viagem até Paris em 1556, cidade que ficava distante um mês em viagem por carruagem da Provença (Salon), onde ele residia. Ele pôde conhecer seus filhos: Francisco II e Carlos IX, que se tornaram reis, mas viveram pouco e governaram sob a regência de sua mãe Catarina, com a morte do rei, três anos depois (considerada por alguns como prevista na Centúria I-35, mas o próprio Nostradamus não confirmou isso quando do falecimento do rei). De qualquer forma, essa quadra trouxe muita fama ao vidente. Estes acontecimentos que são sempre encontrados depois do fato ocorrido são denominados encaixes pelo NRG.
Posteriormente, sua fama aumentou de maneira significativa, indo além das fronteiras de seu país. Dizem que, de todos os cantos da Europa chegavam celebridades que o procuravam para conhecer o futuro, ou simplesmente, para conhecê-lo pessoalmente. A saúde dele começa a ser abalada, não acompanhando sua fama. Seus livros são editados na Itália e na Alemanha. Por conta da sua fama, muitos livros apareceram com quadras adicionais as suas centúrias, e que não podem ser com certeza atribuídos a Nostradamus. Nessa linha de adições são famosas as edições de "Seve" de 1605 e de "Troyes" de 1611. Há pouco tempo atrás, foram encontradas declarações de um pesquisador já falecido, Daniel Ruzo, de que tais edições são falsas e foram produzidas em 1649. Os argumentos dele são muito eloquentes. As edições posteriores a esta são seguramente falsificações e na Biblioteca de Paris há mais de duzentas obras que querem ter o mérito de terem sido produzidas por Nostradamus, mas são apenas falsificações.
Sofrendo de gota e artrite, piorou em meados de 1566, vindo a falecer no dia 2 de Julho de 1566.Seus restos mortais sepultados em outro local inicialmente, foram trasladados para uma outra igreja em Salon (a Igreja de São Lourenço), onde permanecem até hoje.

[editar]Profecias


Centurias impressas em Turim em 1720.
Suas profecias compõem-se de quadras em versos métricos decassílabos, reunidas em grupos de cem, dai o nome de centúrias.[3] Foram publicadas em várias ocasiões; uma pequena parte em 1555, outra em 1557, sendo que das três últimas centúrias conhecemos apenas edições póstumas. Devido à fama que Nostradamus veio obtendo ao longo do tempo, muitos charlatões tentaram falsificar quadras e versos para fazer dinheiro. Na biblioteca de Paris, existem alguns livros escritos entre 1600 e 1900 que usam descaradamente seu nome. O grupo NRG só reconhece como originais estas citadas. Infelizmente, o dinheiro foi o rumo que procuraram muitas obras que falam do sábio e de sua obra, sem se importarem realmente em descobrir quem era Nostradamus e o que desejava de fato.
Durante cerca de dez anos, ele publicou um almanaque anual, com fatos astrológicos, informações variadas e milhares de presságios. Alguns presságios escritos em versos - mais precisamente cento e quarenta e um - foram estudados em separado por serem muito similares às quadras das Profecias, mas eles são em muito pequeno número em relação ao todo. Exegetas que estudaram esta parte de seu trabalho afirmam que se tratavam de acontecimentos na sua época ou próximos, e, portanto, de pouco valor para a época presente.
Segundo os entusiastas, Nostradamus teria previsto, entre outras coisas, a queda da União Soviética na quadra em que diz: "Um dia serão amigos os dois grandes chefes…". No entanto, os céticos apontam que essas "previsões" só são interpretadas corretamente depois dos fatos, nunca antes.[3]
Astrologicamente, pode-se ver que algumas quadras previam conjunções de planetas em datas futuras e respondem bem aos fatos que aconteceram naquelas datas.
Pesquisadores de universidades muito conhecidas como OttawaCambridge e Sorbonne desenvolveram uma teoria em que as quadras de Nostradamus se baseavam num fato histórico anterior à sua obra e inspiravam as quadras "futuras". O grupo NRG, pesquisando com seriedade, já detectou mais de cem destes fatos que passaram a ser chamado de ponto de partida, e a previsão baseada em livros em geral de história na sua época de bibliomancia. Algumas citações de Plutarco, um historiador grego, são literais, outras, do historiador romano Suetônio, outras do Mirabilis Liber, etc.
Devemos lembrar que entre a morte de Nostradamus em 1566 e 1650 apareceram muitos livros,principalmente porque rendiam muito dinheiro, arvorando-se produzidos por Nostradamus, de modo que há entre eles duas versões para o prefácio apresentado na primeira edição , denominado "Carta a César" e espantosas sete versões para o prefácio final denominado "Carta ao Rei Henrique II". Há versões além dessas que falamos sabidamente falsas, outras evidências em que as edições apresentadas como verdadeiras, podem ser antedatadas. Há também importantes livros da época que se contrapunham a Nostradamus os quais permitem inferir que havia outras edições que não sobreexistiram e afirmam coisas de tal forma que um grupo de exegetas franceses que por ser sua língua natal, foram os que leram mais dessas edições e congêneres como as "Profecioas de Pavillon" e outros para sustentarem a tese de que Nostradamus não era uma pessoa real, mas apenas um personagem.
Alguns estudiosos, como Jean-Claude Pecker do Collège de France em Paris, propõem que Nostradamus não escreveu sobre o futuro, mas sobre o presente, usando de códigos por causa dos tempos conturbados em que ele vivia[3][12].

[editar]Livros

  • Macoto, Abner. As Centúrias de Nostradamus Comentadas ISBN-85-901851-2-5
  • Lemesurier, Peter. Nostradamus: the Ilustrate Prophecies (O'Books) 2003
  • R. Baschera, E. Cheynet, Il Grande Libro Delle Profezie (MEB) 1995
  • Boscolo Renuccio, Nostradamus, l'enigma Risolto (Mondadori), 1988
  • Hewitt V.J., Lorie Peter, Nostradamus, The End of the Millennium, Prophecies: 1992 to 2001 (Bloomsbury), 1991
  • Ionescu Vlaicu, Nostradamus Aveva Ragione, (Corbaccio)
  • Lemesurier, Peter. The Nostradamus Enciclopedy ISBN 0-312-19994-5
  • Leoni Edgar, Nostradamus and his Prophecies, (1961, r.2000) ISBN 0-486-41468-X
  • Patrian Carlo, Le Profezie, (Mediterranee), 1978
  • Ramotti O. Cesare, Le Chiavi di Nostradamus, (Mediterranee) 1987
  • Ramotti O. Cesare, Nostradamus: O código que abre os secredos do principal profeta , ISBN 0-89281-915-4
  • Randi, JamesThe Nostradamus Mask.
  • Daniel Ruzo, O Testamento Autêntico de Nostradamus ISBN 970-05-0770-X
  • Manuel Sánchez, Caesarem de Nostradamus 2005 ISBN 978-84-935672-1-7
  • David Ovason, Nostradamus: Prophecies for America, 2001.
  • David Ovason, The Secrets of Nostradamus: A Radical New Interpretation of the Master's Prophecies. 2002.
  • Gustavo Bahr, "O Mundo em Duas Palavras: Armação dos Búzios, 2010.
  • Pipinisher Waddington, "We can't cure awesomeness", Kings Landing,2010.


Misteriosos sons são ouvidos em todo o mundo


Misteriosos estrondos são ocasionalmente ouvidos no litoral da Carolina do Norte, EUA, muitas vezes poderosos o suficiente para chacoalhar as janelas e portas. Eles não podem ser explicados por tempestades ou qualquer fonte criada pelo homem – a sua fonte é realmente um mistério.
Tais sons não são exclusivos da Carolina do Norte ou mesmo da idade moderna. Pessoas que vivem em Nova York há muito tempo conhecem barulhos semelhantes a esses. No litoral da Bélgica, os sons são conhecidos como “mistpouffers”, ou Arroto do Nevoeiro; no delta do Ganges e Golfo da Bengala, “armas Bansal”; na Itália, como “brontidi”, ou trovão; e pelo povo Harami de Shikoku, no Japão, “yan”, ou furgão.
Para os cientistas, a barulhera também tem nome: desafio interessante.
Uma série de explicações plausíveis existem para esse enigma, incluindo terremotos, explosões de rochas, os vulcões, ventilação explosivas de gases, ondas, tsunamis, meteoros, trovão distante e as chamadas areias em expansão.
Parece que há uma gama de processos da natureza que podem ser responsáveis pelo som.
As testemunhas de ouvido descrevem os sons como canhões expansivos ou queda de pedras que acompanham terremotos. Em 1975, pesquisadores do Serviço Geológico dos EUA conseguiram gravar sinais acústicos e sísmicos na Califórnia, descobrindo que três terremotos com magnitudes variando entre 2,0 e 2,8 pontos produziram sons que começaram 0,02 segundos depois da chegada de ondas sísmicas na estação. Resultados semelhantes foram observados com tremores na França em 2004.
Além disso, sons audíveis de terremotos podem ser percebidos mesmo quando o chão não está tremendo. Os moradores poderiam estar ouvindo um terremoto que é muito pequeno para sentirem.
Outra possibilidade são as explosões de rochas. Onde há muitas rochas soterradas, pode haver uma liberação de estresse, causada pela mineração e pela remoção de material confinante acima delas, o que pode ser visto como um pequeno terremoto perto da superfície. Os cientistas relataram sentir abalos perceptíveis e ouvir sons em expansão acentuada a partir de tais explosões.
Ondas gigantes também podem ser responsáveis pelos sons misteriosos. Pesquisadores descobriram que os barulhos são familiares para os surfistas durante as maiores ondas. Além disso, após o catastrófico terremoto e tsunami Sumatra, ocorrido em 2004, várias testemunhas disseram ter ouvido sons altos e crescentes que acompanharam duas ou três das maiores ondas que atingiram a costa.
Os pesquisadores acreditam que os sons ouvidos nas costas da Carolina do Norte, Bélgica e da baía de Bengala também podem ser provenientes de grandes ondas causadas por tempestades que quebram bem distantes da costa. Tais ondas também podem agitar depósitos de hidrato de metano no mar, levando a uma ventilação explosiva de alta pressão do gás aprisionado nas profundezas da Terra.
Outra possibilidade são os meteoros. Meteoros podem gerar estrondos sônicos e explodir dramaticamente à medida que despencam do espaço. Dado o tempo que uma onda sonora pode demorar para alcançar a superfície da Terra, sinais visíveis do meteoro podem desaparecer antes de seu estrondo ser ouvido, principalmente durante o dia.
Já as dunas de areia, sob as circunstâncias corretas, podem mesmo gerar uma variedade de sons, incluindo sussurros, cantos, assobios e rangidos. Areias em expansão podem ser ouvidas a uma distância de 10 quilômetros e durante o tempo de 15 minutos. Elas geralmente aparecem apenas em grandes dunas de areia em climas áridos, estando com as faces íngremes contra o vento, e parecem exigir grãos de areia ligeiramente comprimidos e quase esféricos.
No futuro, depois que as fontes artificiais dos misteriosos sons forem descartadas – como exercícios militares e explosões de pedreiras – as redes sísmicas poderão rapidamente revelar se terremotos ou vulcões são os verdadeiros responsáveis. As opções são muitas; qual o seu palpite? [OurAmazingPlanet]

Histórias da minha infância- Meu avô II


Falar do meu avô é sempre um acontecimento memorável para mim. Lembrar seus feitos e atitudes é e sempre será para mim motivo de orgulho e alegria. Afinal, "saudade sim, tristeza nunca". Devo ter visto isso na camisa de um padre amigo meu.
Meu avô, certa vez disse ter estado tão perto de uma mãe d'água, que até tomou banho nas mesmas águas que a dita cuja.

Estava ele se preparando para dar sair do igarapé no qual se banhava, quando, já na margem, tomando suas roupas e toalha, ouviu algo cair na água. Voltando-se para trás no intuito de ver o que era, percebeu um vulto, que sob as águas esverdeadas, se movia contra a correnteza em direção à margem em que vovô estava. Percebendo ele que a "coisa" não saía para a superfície, aproximou-se da margem, e viu que o vulto negro ao atravessar a lente d'água para a superfície, desaparecia e apenas as pegadas e gotas d'água ficavam para trás deixando rastro. 
Imagino que ele deve ter exclamado um "desconjuro!" e saído dali sem mais alaridos.


Meu avô era um homem corajoso. "Só temia os castigos de Deus", como dizia minha avó. Acredito que a única herança que ele não me deixou foi sua coragem. 
Descanse em paz, bravo guerreiro.




Igor Furtado.

Histórias da minha infância- Meu avô.




Se alguém foi, é e sempre será inesquecível em minha vida, esse alguém é meu avô ( que Deus o tenha em bom lugar, por tudo aquilo que me ensinou e pelas memoráveis e instrutivas surras que me deu.jamais deixarei de te amar). Um homem lendário para mim. Forte, no sentido mais abrangente da palavra. Tinha a insuperável capacidade de ser bruto e amável como nenhuma outra pessoa que eu tenha conhecido. Me ensinou a ler na base da pancada, mas nunca permitiu que ninguém-nem vivo nem morto-me machucasse. Por essas e outras, eu levarei seu nome e sua honra no mais profundo de minha alma até os meus últimos fôlegos nesta terra. 
Dizia minha avó ( que Deus a tenha): " esse homem só teme os castigos de Deus". Verdade seja dita, ele nunca fugiu de nada, nem de ninguém. Mesmo quando já estava idoso e debilitado pelo tempo- algoz de todo homem- nunca vi nele marca qualquer que demonstrasse medo.
Meu avô contava... ( e lá vamos nós, outra vez, através da alva fumaça do tempo, por trás das cortinas do passado) que certa vez, viajando de madrugada na companhia de Deus e de sua "capanga" ( que era uma espécie de bolsa para homens daquela época), e de seu fiel calibre 38, passou por uma ponte, e já muito cansado, resolveu dormir um pouco. Após ter se aconchegado de lado sobre as tábuas duras, com a cabeça apoiada na capanga, quase chegou a cochilar. Quase. Ouviu um imenso ruído como o tropel de muitos cavalos, levantou a vista em direção dos pés e nada viu, assim também na da cabeça e nada. 

Pensando ter sido apenas uma peça pregada pelo extremo cansaço que sentia, tornou a deitar-se. Desta vez, muito mais forte, o tropel parecia já aproximar-se da sua cabeça. Mais que depressa, rolou para um dos lados da ponte, de forma a evitar ser esmagado pelas patas dos cavalos, mas nada passava pela ponte naquele momento. Nada?. Olhando mais atentamente, pode ver somente as pegadas se posicionando na areia que havia na ponte, de uma extremidade à outra. 

Sabendo ele que aquilo não era algo bom, resolveu levantar-se e seguir viagem. 




Quando menino, escutei inúmeras histórias desse lendário homem. Vou colocá-las todas aqui, neste pequeno recanto de visagens, lendas e de "causos" sem explicação.


Em memória de meu falecido avô: José Furtado.




Igor Furtado