quinta-feira, 17 de maio de 2012

O LOBISOMEM DO BAIRRO DA PEDREIRA






Sabemos dos poderes sobrenaturais. Homens que entregam suas almas nas sexta-feira, em uma encruzilhada para ter sorte no jogo ou felicidade no amor.... Isto explicaria a sorte extraordinária de certos indíviduos no carteado ou ainda o fato de homens feios horrorosos mesmo serem amados tão apaixonadamente por lindas donzelas... Mas, ás sexta-feira, quando se aproxima a meia noite, o preço da sorte é pago... e vem a transformação em Lobisomem.

"Gostava de andar sozinho pelas ruas do bairro da Pedreira, principalmente em noite de lua cheia. Era meio esquisito, o rapaz: cor parda, estatura média, cabelos castanho-escuro, crespos, falava baixo e nunca encarava as pessoas. O que tornava mais esquisito, porém, era uma mancha preta que tinha na testa e que, começando na raiz do cabelo, estendia-se até chegar aos olhos e também os dentes irregulares numa grande boca de grosso lábios".

Este seria o retrato que poderia ser tirado do personagem desta história, afirma Guapindaia Assu de Moraes, nosso informante, e prossegue a narração.

Naquele ano de 1946, um dos muitos clubes da Pedreira preparava seus craques para campeonato de dominó, que seria realizado no mês de Agosto.

Enquanto isto, la fora, a lua cheia daquela sexta-feira passeava tranquilamente em seu itinerário pelo céu, transformando a noite em dia prateado. Os galos, ao longe, cantavam...

Identificou-se, sentado á mesa de jogo, bastante nervoso, consultando constantemente o relógio. Pensavam que seu estado era dividido a disputa e que olhava o relógio com receio de não dar tempo de jogar.

E dado o momento, repentinamente, debruçou-se á mesa; parceiros, adversários, "olheiros" e "perus", todos esperando pela sua jogada e nada...! Continuava debruçado. E começou a tremer, tremer, a tremer.... e espumava...aos poucos, seu físico foi se transformando, enquanto emitia sons, mistos de ronco de porco e guincho de animal acuado... e levantando a cabeça! TODOS recuaram horrorizados, enquanto parceiros mais adversários levantavam-se como se por raios fossem impelidos, lá estava o companheiro de jogo: os olhos saltavam e faiscavam, os dentes haviam crescido, parecendo presas, os cabelos desciam de suas testa através do sinal escuro, as mãos metamorfosearam-se em garras....

Numa espécie de "salve-se quem puder", os frequentadores abandonavam apressadamente a sede do club, derrubando mesas e cadeiras, saltando janelas, espremendo-se pela porta...

Do estranho se emitiu um rugido aterrador, e disparado em direção a porta a fora correu em direção ao mato que crescia mais adiante.

Tremendo muito e ainda em choque com o acontecido, o sócio-contínuo do club, que era cunhado de Guapindaia (o nosso informante), ao lhe contar a história, afirmou:
Foi uma coisa horrível, o Homem transformou-se um uma criatura aterradora que jamais pensei existir, um lobisomem em nossa frente,na frente de todos,meu Deus que coisa Horrível...!

josefina, a moça do taxi





josefina, a moça do taxi


Sua história já foi contada em muitos relatos de paraenses que juram te-la visto de perto, por isso eu já havia ouvido falar dela desde a década de 80, quando comecei a pesquisar sobre o tema. Segundo contam, Josefina era uma adolescente que adorava andar de carro e todos os anos seu pai dava-lhe como presente de aniversário, uma volta de taxi pela cidade. Falecida ainda adolescente, ela passou a ser vista nas ruas de Belém, e sempre a repetir o mesmo ato: Chama um taxi, pede para o motorista deixa-la em uma certa rua da cidade e depois entra em uma casa pedindo para o motorista aguarda-la trazer o dinheiro da corrida. Como não retorna o motorista resolve bater na porta da casa onde a viu entrar e toma um susto ao ser informado por familiares, que geralmente carregam uma foto da mesma, que ela falecera ha décadas. Em 1999 conversei com um motorista de taxi, que afirma ter apanhado uma passageira na avenida Generalíssimo Deodoro esquina com Gentil Bitencurt. Segundo esse senhor uma jovem que não deveria ter mais de 16 anos fez sinal para seu taxi na referida localização. Segundo ele, ela usava um vestido longo branco, exalava um perfume muito forte. Após entrar no carro ela pediu que o homem a deixasse na Gentil com Teófilo Condurú, menos de 2 quilometros de onde a encontrara. Chegando no lugar a história se repetiu: ela pediu que aguardasse e entrou em uma casa. Como demorava, o homem bateu na porta e foi recebido por um casal de velhinhos. Ao contar-lhes o ocorrido os dois não acreditaram na história do taxista. Então ele a descreveu fisicamente e a velha senhora começou a chorar e disse tratar-se de uma pessoa e sua família que falecera há muitos anos. Atonito com a história, o taxista disse que arrepiou-se quando entendeu que acabara de dar carona a uma falecida. O casal ainda quis pagar a corrida, mas ele disse que não precisava e sem mais delongas, saiu ás pressas do lugar...

AS PROVAS
Uma coisa é certa: Josefina existiu mesmo, pois seu túmulo encontra-se no cemitério Santa Isabel, em Belém e há uma lápide com sua foto, onde podemos ver claramente o broche em forma de taxi em sua blusa. Os frequentadores do cemitério, a consideram uma espécie de santa milagrosa.

Linhas Estranhas No Canadá



 Na região mais setentrional do Canadá, junto ao Alaska, existe uma região onde do ar, pode-se notar estranhas linhas retas, que lembram em muito as famosas "Ley Lines" e as "Linhas de Nazca"
     Estas linhas só podem ser vistas do céu, e ficam em uma "zona militar restrita". A foto que se vê acima, foi tirada por um americano que viajava de Tokyo para os Estados Unidos no jato da empresa, e que por causa do mal tempo, o piloto foi forçado a reabastecer no Canadá.
     Segundo o autor das fotos, durante este percurso, seu jato foi acompanhado por um par de jatos da Marinha.
     O terreno onde aparecem as linhas é uma tundra e geralmente está coberto de neve. Apesar disso, todo o lugar está atravessado por estas que parecem ser linhas retas. Na foto nota-se um rio. As áreas verdes são pinheiros e as claras, areia. Há também o que parece ser uma construção retangular na parte inferior esquerda.
     As linhas não são estradas, mas parecem ser áreas limpas, onde as árvores foram cortadas. Algumas destas linhas atravessam o rio, sem fazer menção de contornar os obstáculos.
     Se isso não é um fenômeno natural, o que pode ser?

O Chupacabras



O Chupacabras é mais comumente associado às comunidades latinas nos EUA, México e Porto Rico (onde houve o primeiro relato). Supostamente é uma criatura pesada, do tamanho de um urso pequeno, com uma linha de espinhos do pescoço até a base da cauda, e o seu nome vem do fato de que supostamente ataque animais e beba seu sangue – especialmente de cabras. Apesar de que a lenda começou perto de 1987, há muitas similaridades com o "Vampiro de Moca", nome dado a uma criatura desconhecida que matou animais por toda a cidade de Moca, nos anos 1970. O vampiro de Moca deixava os animais completamente sem sangue, que aparentemente tinha sido extraído a partir de uma série de cortes circulares.
A descrição mais comum do Chupacabra é a de um ser tipo lagarto, parecendo ter uma pele de couro ou de escamas verde-acizentadas, e espinhos pontudos ou pequenos, correndo por toda as suas costas. Esta forma mede aproximadamente de 1 a 1.2 metros de altura, e permanece de pé e pula de uma maneira parecida a de um canguru. Em pelo menos um avistamento, a criatura pulou 6 metros. Desta variedade é dito ter um focinho parecido com o de um cachorro ou pantera, uma língua bifurcada protuberante, caninos grandes, e que assobia e chia quando amendrontado, assim como deixa um fedor sulfúrico atrás de si. Quando ele chia, alguns relatos notam que os olhos do chupacabras brilham com um vermelho incomum, que dá náuseas nas testemunhas. Algumas testemunhas o viram com asas como as de morcego.

A queima de Jeannie Saffin


Existem inúmeros casos famosos de pessoas que parecem ter pegado fogo espontaneamente (Combustão Humana Espontânea), mas há um caso menos conhecido e que sofreu esta morte na frente de testemunhas. Aproximadamente 16h de uma quarta-feira, 15 de Setembro de 1982, Jeannie Saffin, 61 anos, explodiu em chamas enquanto estava sentada em sua cadeira de madeira Windsor, na cozinha de sua casa em Edmonton, Londres, Inglaterra. O seu pai, o senhor de 82 anos Jack Saffin, estava sentado numa mesa próxima e disse que viu um flash de luz pelo canto de seu olho e se virou para Jeannie para perguntar se ela havia visto. Ele ficou estupefato ao descobrir que ela estava envolta em chamas, principalmente ao redor de seu rosto e mãos. O Sr. Saffin disse que Jeannie não gritou ou se moveu, mas simplesmente continuou sentada com as mãos no colo. O pai dela a arrastou para a pia, mal queimando suas próprias mãos, e começou a tentar apagar as chamas com água. Jeannie entrou em coma e morreu 8 dias depois. Os policiais que conduziram a investigação como possível assassinato reportaram ao tribunal do juiz que não foi possível encontrar uma causa para a combustão de Jeannie. Não havia nenhum chamuscado ou sinal de queimadura em nenhuma parte do recinto a não ser no corpo de Jeannie.
 
A imagem acima é de outro caso de combustão humana, pois nenhuma imagem de Jeannie Saffin foi encontrada.

O desaparecimento de Frederick Valentich


O desaparecimento de Frederick Valentich foi um evento ocorrido em 21 de Outubro de 1978, em que o jovem de vinte anos Frederick Valentich desapareceu em circunstâncias inexplicáveis enquanto pilotava o avião leve Cessna 182L por sobre o Estreito Bass à King Island, na Austrália. Anterior ao seu desaparecimento, Valentich reportou por rádio que havia encontrado uma aeronave não-identificada que estava se movendo na mesma velocidade que o seu avião e que flutuou sobre ele. Nenhum traço de Valentich ou de sua aeronave foram jamais encontrados. Um pouco antes do último contato de Valentich, o encanador Roy Manifold armou com tripé uma câmera em time-lapse (time-lapse é uma técnica fotográfica usada no cinema na qual o objeto em foco é fotografado em determinados períodos de tempo. Para ser mais preciso, é quando se capta cada frame) na margem da praia para fotografar o sol se pondo sobre a água. Quando suas fotos foram reveladas, aparentaram mostrar um objeto se movendo muito rápido para fora da água. Manifold disse que as fotos foram tiradas aproximadamente às 18:47h, ou 20 minutos antes de Valentich ter reportado estar com dificuldades. Momentos antes de um estranho ruído terminar a comunicação de Valentich, ele disse: "Minhas intenções são – ah – ir para King Island – ah Melbourne. Aquela aeronave estranha está flutuando sobre mim de novo (microfone aberto por dois segundos). Está flutuando e não é uma aeronave."

Mary Celeste-O navio fantasma



O Maria Celeste foi lançado na Nova Escócia, em 1860. O seu nome original era "Amazon" (amazona). Tinha 31 metros de comprimento, deslocava 280 toneladas e foi registrado como um meio-brigue. Pelos próximos 10 anos o navio se envolveu em inúmeros acidentes no mar, e passou por um número de donos. No final das contas ele apareceu num leilão de "salvação" no qual foi comprado por $3.000. Depois de muitos reparos, foi colocado sobre registro americano e renomeado como "Maria Celeste". O novo capitão do "Maria Celeste" foi Benjamin Briggs, 37 anos, um mestre com três comandos anteriores. Em 7 de Novembro de 1872, o navio partiu de Nova York com o Capitão Briggs, sua esposa, filha pequena e uma tripulação de oito. O navio foi carregado com 1.700 barris de álcool americano cru, com destino à Genoa, Itália. O capitão, sua família e tripulação nunca mais foram vistos. O navio foi encontrado flutuando no meio do Estreito de Gibraltar. Não havia sinal de lutas no navio e todos os documentos, exceto o diário de bordo do capitão, estavam desaparecidos.
No início de 1873, foi reportado que dois barcos salva-vidas encalharam na Espanha, um com um corpo e uma bandeira americana, o outro contendo cinco corpos. Tem sido alegado que esses devem ter sido os resquícios da tripulação do Maria Celeste. Entretanto, aparentemente os corpos nunca foram identificados.

Jack, o Estripador


Na segunda metade do ano de 1888, Londres foi aterrorizada por uma série de assassinatos no East End (bairro judeu no leste de Londres) (principalmente na área de Whitechapel). O nome "Jack Estripador" foi tirado de uma carta enviada ao jornal na época, por uma pessoa que alegava ser o assassino. As vítimas normalmente eram prostitutas, que tinham suas gargantas cortadas e corpos mutilados. Em alguns casos os corpos eram encontrados logo minutos depois do assassino ter deixado a cena do crime. Na época a polícia tinha vários suspeitos, mas nunca encontrou evidência suficiente para convencer as pessoas. Em épocas mais recentes tem havido alguma especulação de que o Príncipe Albert Victor era o assassino. Mesmo com os métodos policiais modernos, nenhuma nova luz foi jogada sobre os assassinatos. Até hoje, ninguém sabe quem foi o estripador.

A moça sem face

A moça sem face

Vinícius era soldado do Núcleo do Parque de Aeronáutica de Belém. Brincalhão, bom camarada, era querido por seus campanheiros de farda e superiores. Contador de anedotas, onde estivesse nos momentos de folga sempre tinha uma roda em volta. Estudante, fizera até a4ª série ginasial antes de ingressar na caserna. Festeiro, freqüentador das gafieiras de Belém, principalmente as do bairro de Marco, da Pedreira e de Canudos, era tido como bom dançadorde merengue. Quantas vezes Vinícius não "pulou" serviço para "balançar o esqueleto" num dançará suburbano! Em várias ocasiões esteve para ser preso por tal motivo. Nunca dava alterações de outra natureza, mas se sabia que havia um "samba", Vinícius, estivesse ou não de serviço, ia bater lá. Fugia do quartel e ingressava triunfalmente na sede onde se ouvia o La Bamba ou outro sucesso musical da época. Depois, era arranjar uma "amiguinha" e pronto... veria depois.Conhecia as histórias de aparições que se contavam do Parque, mas não lhes dava muita importância. Pelo menos dizia. E afirmava mesmo que, se visse alguma coisa, ia dirigir-se e pergunta:- Que é que tu qué, meu irmão? Reza, missa, diz lá o que é. Se tu já morreste, fica pra lá. Não vm perturbar os vivos.E, brincando sempre, levava tudo na gozação. Só que, no dia em que viu alguma coisa, que pensou depois ser assombração, não fez nada do que disse.Ninguém podia duvidar que ele era corajoso. Disto já era provas em diversas ocasiões. E brigava bem.Num dia de folga, em que os "dançarás" não funcionavam, Vinícius saiu trocando pernas pelo bairro do Marco. Desceu a Almirante Barroso e já se aproximando ao Largo de São Brazencontrou uma garota de branco, com o vestido clássico de "merengueira": decotado, curtopara a época em que ainda não havia minissaia. Vinícius pensou: - Taí, vou "baixar" nesta "miquimba".E dirigiu-se à moça.- Que é que há, minha filha? Noite tá fria, boa pra fazer neném, hein?Vinícius era assim. Nada de meias palavras. Era objetivo, direto, "entrava forte" mesmo.
A moça permaneceu como estava. Respondeu ao cumprimento e foi o bastante para o soldado colocar o braço pela suas costas. Conversa vai, conversa vem, Vinícius falando sempre, e a moça respondendo mais por monossílabos.Saíram andando em direção a Canudos, pois ela havia dito que morava "para lá" indicando com o braço a entrada daquele bairro. O soldado tentara beijá-la várias vezes, e a moça sempre virava para o lado, de modo que Vinícius praticamente não pôde ver-lhe o rosto.- Mas tu é metida a virgem, hein! E dizendo isto Vinícius tirou o braço das costas da moça, segurando-lhe a mã. Ao primeiro contado, Vinícius sentiu-se arrepiar: a mão da moça parecia gelo. Mas procurou raciocinar. Ora, a noite estava fria.Naturalmente era por esta razão. Mesmo assim Vinícius começou a arrepender-se de ter "baixado" naquela "miquimba".Continuaram andando Canudos adentro, na direção do Bairro de Santa Izabe. Vinícius falou:- Mas tu mora longe, menina. Puxa vida! Depois de uma caminhada dessas, se tem dedescançar. Porque, do contrário, o neném que a gente vai fazer já vai nascer cansado!- Já estamos perto de onde moro. É logo ali.Ao chegarem a uma esquina, a jovem parou.- Rapaz, tu és muito corajoso! Gostei de ti, sabes? Mas é melhor que te vás embora. Não quero que te aconteça nada de mal.Vinícius ficou admirado do rumo das coisas. A moça continuava de lado, sem virar-se de frente.- Mas que é que me pode acontecer de mal? Tu é amigada? Ou é de teu "xodó" que tás commedo? De qualquer forma, se tu quisé ir comigo, é só dizer que vou. Ninguém é mais homem do que eu. Logo, digo pra ele que tu quiseste vir e pronto! E se ele quisé se balançar, não te incomoda que não vou apanhar, não.- Não é nada dito. Não tenho "xodó", nem ninguém. Apenas deves ir embora. Eu te admirei muito e por isto estou sendo tua amiga. Eu não posso ir contigo, nem tu deves ir onde moro.
Estou falando para teu bem. Adeus.
Ante ao desfecho inesperado, Vinícius titubeou um momento. Em seguida, segurou a moça violentamente pelo braço, puxou-a, colocando-a a sua frente, enquanto falava:- Tu não vais me...As palavras morreram em sua boca. Ia dizer: - Tu não vais me fazer de besta, não! Mas o que viu deixou-o paralizado. Quando terminou o movimento e ela ficou de frente, olhou para o seurosto, procurando-lhe os olhos e então viu que sua face era alguma coisa informe, ou melhor, era como se ela não a tivesse. Aterrorizado, Vinícius recuou. A moça calmamente virou decostas, começou a andar, dizendo:- Eu te avisei...E dobrou a esquina.Vinícius estava apavorado. Contudo, refletiu um momento e, sendo corajoso, rapidamente seguiu-a.Para surpresa de Vinícius, não havia ninguém. A moça havia sumido. Ainda chegou a pensar que havia entrado numa casa qualquer próxima à esquina. Certificou-se que tal nãotinhaacontecido, que a moça sumira mesmo. Vinícius ficou todo arrepiado. Quis se mexer e não conseguiu. Só então tomou consciência que estava próximo ao Cemitério de Santa Izabel.

Quando pôde se mexer, Vinícius saiu desabalada carreira por dentro de Canudos e, sem parar,subiu a Almirante Barroso até o Parque de Aeronáutica.
Foi surpresa geral quando Vinícius chegou todo afobado, cansado, gaguejando e sem conseguir dizes nada. Os poucos soldados que estavam acordados providenciaram água com açúcar, e, depois de muito tempo, conseguiu relatar sua história, jurando que todo aquele tempo estivera conversando com um fantasma.Apesar de sua expressão de pavor, alguns ficaram incrédulos.- Só depois é que reparei que ela não viraca o rosto na minha direção. Aliás, não lhe vi a face.

E era gelada, meu irmão, vou te contar. Esta mulher não era gente viva, não era, não! Eu é quenão quero acordo com estas coisas.
Troçaram com Vinícius.- Taí, tá vendo o que dá andar querendo conquistar todo mundo? Vai nessa, vai!Daí em diante, Vinícius, quando queria "baixar" em uma "miquimba", olhava seu relógio. Se era tarde da noite, podia ser a mulher mais linda do mundo, que Vinícius ficava fora da jogada...e dizia:- Eu, hein!
Fonte: Visagens e Assombrações de Belém-Walcyr Monteiro.