terça-feira, 29 de maio de 2012

Famaliá



Originário da tradição européia de fabricar uma espécie de demônio caseiro, “familiar” (acabou famaliá para os sertanejos) é um pequenino diabinho guardado dentro de uma garrafa. Para cria-lo é preciso chocar na axila esquerda, durante toda a quaresma, um ovo de galo (!), que, segundo o povo, com muita persistência pode ser encontrado (às vezes leva anos). Desse ovo nascerá, ao final da quarentena, um diabinho que atenderá a todos os pedidos de quem o produziu. Não se pode, todavia, dar esmolas aos pobres com dinheiro vindo do Famaliá.
Quem o detiver, no entanto, pagará com sua alma pelos benefícios obtidos, pois criar um Famaliá.
Quem o detiver, no entanto, pagará com sua alma pelos benefícios obtidos, pois criar um Famaliá não deixa de ser um pacto com o Diabo.
Já registrado como mito e como lenda, essa história muito se popularizou quando da exibição, e da reprise, da telenovela global “Paraíso”, em que um dos protagonistas, – dizia a população da fictícia cidade de Paraíso – tinha um diabinho guardado em uma garrafa, produzindo tal como aqui dissemos.

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